15/11/13
10/11/13
'Machina Beckett'
"Where would I go, if I could go, who would I be, if I could be, what would I say, if I had a voice, who says this, saying it's me? Answer simply, someone answer simply."
16 - 24 November 2013
Teatro Helena Sá Costa
15/09/13
"Teatro Plastico’s production of a trilogy of Beckett plays at the Ardhowen Theatre, further enforces this notion of merging the living with the landscape.
In Rough for Theatre II we enter to the scene of a lone figure in shadow with his back to the audience, against a blue, cloud speckled sky.
This is Croaker, a man on the brink of jumping from a window ledge while two sinister auditors fuss over the details of his life. He remains motionless throughout the play, a blot on the landscape, but his existence is discussed and critiqued back and forth, back and forth; he is both the body of the text, the squabbling clerks keeping his life in motion, but also the form of the landscape, fixed and unmoving.
At the close of the play, Bertrand, the more dominant of the two auditors, peers at Croker’s face by match light and then holds a handkerchief to his mouth to look for breath. It seems that without jumping, he has already expired.
He will remain, like Winnie, one of Beckett’s new peopled monuments in a vast experiential landscape. The remnants of his life scattered like flora."
Amy Pettifer
"Still Lives in Motion"
"Teenage girls sitting behind me in the Ardhowen theatre snicker as the surtitles repeat the same lines for the fourth time. What Where, written in 1983 and Beckett's final play, is the last of three stunningly lit and delivered shorts from the Portuguese company Teatro Plástico. To the teenagers, the repetitions seem ridiculous. They're right; they are young. Older members of the audience cannot laugh. To us, the repetitions, each following the disappearance of an actor from the stage towards a mysterious interrogation, are relentlessly oppressive."
Clare Brennan
'The Observer'
"Even temperamental surtitles couldn’t detract from the power of Teatro Plastico’s interpretation of What Where.
Starkly staged and deliberately slow, it struck a particularly resonant chord politically..."
Megan Orpwood-Russell
'Wild Culture'
Etiquetas:
Happy Days international Festival,
Samuel Beckett
27/08/13
Beckett: What-Were

"In the landscape of extinction, precision is next to godliness."
Samuel Beckett
At 'Happy Days International Beckett Festival 2013'
Etiquetas:
Beckett,
Enniskillen,
Happy Days international Festival
13/08/13
No final de Agosto o Teatro Plástico estará no 'Happy Days Internacional Beckett Festival' em Enniskillen, Irlanda, com o espectáculo 'Beckett: O Quê-Onde'.
Esta participação no mais importante festival multidisciplinar internacional dedicado à obra de Samuel Beckett decorrerá sem qualquer apoio do governo português/DGArtes e no ano em que o Teatro Plástico foi - mais uma vez - excluído dos financiamentos públicos à actividade teatral em Portugal.
A continuada exclusão por parte da Direcção-Geral das Artes configura-se como uma clara estratégia de perseguição política e tentativa de extermínio de uma estrutura teatral incómoda e politicamente incorrecta que existe desde 1995 e que construiu ao longo destes anos um percurso inconfundível com uma estética própria, uma linha de trabalho coerente e de qualidade reconhecida e público fidelizado.
É por isso importante denunciar que, sob o pretexto da crise e da intervenção da Troika, se está a proceder em Portugal a um atentado cultural generalizado e a um saneamento político que visa desmantelar uma realidade cultural que demorou 39 anos a edificar e que fazia de Portugal - na opinião de diversos especialistas - num dos países com mais rica e diversificada actividade teatral de toda a Europa.
A lista de contemplados e excluídos do mísero orçamento que o governo PSD/PP dedica a um sector que deveria ser prioritário é por demais expressiva da campanha política em curso mas pela nossa parte queremos manifestar a nossa resistência e recusa em ser administrativamente extintos por funcionários políticos e organismos públicos corruptos e que têm por função estatutária o fomento às Artes.
10/06/13

Que vençais no Oriente tantos Reis,
Que de novo nos deis da Índia o Estado,
Que escureçais a fama que hão ganhado
Aqueles que a ganharam de infiéis;
Que vencidas tenhais da morte as leis,
E que vencêsseis tudo, enfim, armado,
Mais é vencer na Pátria, desarmado,
Os monstros e as Quimeras que venceis.
Sobre vencerdes, pois, tanto inimigo,
E por armas fazer que sem segundo
No mundo o vosso nome ouvido seja;
O que vos dá mais fama inda no mundo,
É vencerdes, Senhor, no Reino amigo,
Tantas ingratidões, tão grande inveja.
Luís de Camões
12/04/13
"Todavia alguém terá de pagar, cedo ou tarde, o preço que a aparência exige para ter o mínimo de realidade. Esse alguém é bem conhecido: chama-se povo, o povo que efectivamente trabalha e para quem, como escrevia Goethe, a maioria das revoluções que se fazem em seu nome não significam mais que a possibilidade de mudar de ombro para suportar a costumada canga."
Eduardo lourenço
Etiquetas:
Eduardo Lourenço,
Labirinto da Saudade,
Portugal
06/01/13
Lusitânia Lux
Por que não podia luzir a luz de Santo António entre portugueses? Nenhuma terra há entre todas as do mundo que mais se oponha à luz que a Lusitânia. A mais nefasta etimologia de Lusitânia. Onde vão parar os heróis de Portugal depois que voltam à pátria? As fortunas e influências do fatal nascimento dos grandes portugueses retratadas ao vivo nas visões de Patmos. Portugal definido pelos exploradores que foram descobrir e informar-se da Terra de Promissão.
Sic luceat lux vestra coram hominibus: ut videant opera vestra bona et glorificent Pairem vestrum, qui in caelis est (Mt. 5, 16). - De tal modo há de luzir a vossa luz diante dos homens, que vejam eles as vossas boas obras, e glorifiquem a Deus. - Isto é o que diz Cristo a Santo António. E isto não o podia fazer um português entre portugueses. A primeira coisa que se lhe encarrega nestas palavras, é que há de luzir a sua luz: Sic luceat lux vestra - e luzir português entre portugueses, e, muito menos, luzir com a sua luz, é coisa muito dificultosa na nossa terra. Com a luz alheia vi eu lá luzir alguns; mas com a própria: lux vestra - nem Santo Antônio, quanto mais os outros.
Toda a terra - porque toda é tocada deste vício - tem oposição com a luz. A lua, quem a eclipsa? A terra, porque chegam lá as suas sombras. E o sol, onde não chegam as sombras da terra, quem o escurece e encobre cada hora a nossos olhos? Também a terra. Levanta o sol com seus raios os vapores da terra, e esses mesmos vapores que ele levantou, condensando-se em nuvens, são os que o não deixam luzir. Tomam em si os resplendores do mesmo sol, e, dourando-se com eles, ou o escurecem de todo, ou no-lo tiram dos olhos. Preze-se, ou não se preze o sol de escurecer as estrelas do céu, que lá estão os vapores da terra, que o escurecerão a ele.
Sendo esta a condição natural de toda a terra, como grosseira, enfim, rude e opaca, e nascida debaixo das trevas: Terra erat inanis et vacua, et tenebrae erant super fatiem abyssi - nenhuma terra há, contudo, entre todas as do mundo, que mais se oponha à luz que a Lusitânia. Outra etimologia lhe dei eu no sermão passado; mas, como há vocábulos que admitem muitas derivações, e alguns que significam por antífrase o contrário do que soam, assim o entendo deste nome, posto que tão luzido. O mundo, dizem os gramáticos que se chama mundo quia minime mundus - e a morte Parca, quia nemini parcit. - E assim como o mundo se chama mundo, porque é imundo, e a morte se chama Parca, porque a ninguém perdoa, assim a nossa terra se pode chamar Lusitânia, porque a ninguém deixa luzir. [...]
Vede agora se tinha razão para dizer, que é natureza ou má condição da nossa Lusitânia não poder consentir que luzam os que nascem nela. E vede também se podia Santo António deixar de deixar a pátria, sendo filho de uma terra onde se não consente o luzir, e tendo-lhe mandado Cristo que luzisse: Sic luceat lux vestra.
António Vieira
Etiquetas:
Nikias Skapinakis,
padre António Vieira,
Portugal
22/12/12
Este País...
"Este país preocupa-me, este país dói-me. E aflige-me a
apatia, aflige-me a indiferença, aflige-me o egoísmo profundo em que esta
sociedade vive. De vez em quando, como somos um povo de fogos de palha, ardemos
muito, mas queimamos depressa."
*
"Mas a realidade é esta: não temos um projecto de país.
Vivemos ao deus-dará, conforme o lado de que o vento sopra. As pessoas já não
pensam só no dia-a-dia, pensam no minuto a minuto. Estamos endividados até às
orelhas e fazemos uma falsa vida de prosperidade. Aparência, aparência,
aparência - e nada por trás. Onde estão as ideias? Onde está uma ideia de
futuro para Portugal? Como vamos viver quando se acabarem os dinheiros da
Europa? Os governos todos navegam à vista da costa e parece que ninguém quer
pensar nisto, ninguém ousa ir mais além."
José Saramago
01/12/12
Não mais, Musa, não mais, que a Lira tenho
Destemperada e voz enrouquecida,
E não do canto, mas de ver que venho
Cantar a gente surda e endurecida.
O favor com que mais se acende o engenho
Não no dá a pátria, não, que está metida
No gosto da cobiça e na rudeza
De uma austera, apagada e vil tristeza.
Luís de Camões
12/09/12
No País dos Sacanas
Que adianta dizer-se que é um país de sacanas?
Todos o são, mesmo os melhores, às suas horas
E todos estão contentes de se saberem sacanas.
Não há mesmo melhor do que uma sacanice
Para fazer funcionar fraternamente
A humidade da próstata ou das glândulas lacrimais,
Para além da rivalidade, invejas e mesquinharias
Em que tanto se dividem e afinal se irmanam.
Dizer-se que é de heróis e santos o país,
E ver se se convertem e puxam para cima as calças?
Para quê, se toda a gente sabe que só asnos,
Ingénuos e sacaneados é que foram disso?
Não, o melhor seria aguentar, fazendo que se ignora.
Mas claro que logo todos pensam que isto é o cúmulo da sacanice,
Porque no país dos sacanas, ninguém pode entender
Que a nobreza, a dignidade, a independência,
a Justiça, a bondade, etc., etc., sejam
Outra coisa que não patifaria de sacanas refinados
A um ponto que os mais não capazes de atingir.
.
No país dos sacanas, ser sacana e meio?
Não, que toda a gente já é pelo menos dois.
Como ser-se então neste país? Não ser-se?
Ser ou não ser, eis a questão, dir-se-ia.
Mas isso foi no teatro, e o gajo morreu na mesma.
Jorge de Sena
24/07/12
31/03/12
Garrett 2012
29/03/12

Portugal
'Avivo no teu rosto o rosto que me deste,
E torno mais real o rosto que te dou.
Mostro aos olhos que não te desfigura
Quem te desfigurou.
Criatura da tua criatura,
Serás sempre o que sou.
E eu sou a liberdade dum perfil
Desenhado no mar.
Ondulo e permaneço.
Cavo, remo, imagino,
E descubro na bruma o meu destino
Que de antemão conheço:
Teimoso aventureiro da ilusão,
Surdo às razões do tempo e da fortuna,
Achar sem nunca achar o que procuro,
Exilado
Na gávea do futuro,
Mais alta ainda do que no passado.'
Miguel Torga

"O Teatro útil é aquele que faz ouvir o silêncio daqueles que foram excluídos do uso da fala na sociedade pouco igualitária em que vivemos."
Etiquetas:
Garrett,
Inês d'Orey,
Rua Dr. Barbosa de Castro
M 4Theatre
27/03/12
Merda para o Teatro!

"O Teatro é um grande meio de civilização mas não prospera onde a não há."
Almeida Garrett
Dia 27 de Março comemora-se o Dia Mundial do Teatro, iniciativa promovida anualmente pela UNESCO que tem por objectivo celebrar a arte teatral e a sua importância cultural na construção das sociedades.
O Teatro Plástico, aproveitando o facto de estar sediado na rua onde nasceu Almeida Garrett, irá evocar neste dia frente ao seu local de nascimento esta figura maior do Teatro português para num acto teatral público questionar a actual situação das artes e dos artistas em Portugal face à tentativa de extermínio político das artes não oficiais a que estamos a assistir e reflectir sobre o papel do Teatro e da Arte na vida pública portuguesa.
Convidamo-los a reunirem-se 27 de Março pelas 22.30h junto ao n.º 37 da Rua Dr. Barbosa de Castro no centro do Porto (junto ao Jardim da Cordoaria e ao lado da Escola Artística Árvore) para assistirem a um acto teatral que, evocando Garrett e o seu legado, pretende questionar directamente o nosso presente imediato e possível futuro.
Entrada livre - Espectáculo para todas as idades
10/10/11
In Situ II


Cá nesta Babilónia, donde mana
Matéria a quanto mal o mundo cria;
Cá onde o puro Amor não tem valia,
Que a Mãe, que manda mais, tudo profana;
Cá, onde o mal se afina e o bem se dana,
E pode mais que a honra a tirania;
Cá, onde a errada e cega Monarquia
Cuida que um nome vão a Deus engana
Cá, neste labirinto, onde a nobreza
Com esforço e saber pedindo vão
Às portas da cobiça e da vileza;
Cá neste escuro caos de confusão,
Cumprindo o curso estou da natureza.
Vê se me esquecerei de ti, Sião!
Luís de Camões
Etiquetas:
Camões,
Joos de Momper,
Museu Nacional de Arte Antiga,
Torre de Babel
11/09/11
After Paradise


"It´s gone. It was there as long as I've been a New Yorker, but, now it's gone. [chime]
I wanted to check myself into an insane asylum, today. I can´t stop the nightmares or the daymares. I am on a plane, wrestling the highjackers to the floor. I am Superdad, saving all the children of the earth. I have dream-variations on this theme, ten to fifteen times, each day. I have been slashed with box-cutters, but I cannot be stoped. I will fly the plane to newark, and land it, ever so smothly. I will get a standing ovation from all passengers. Even the highjackers are impressed. I refuse to give my name. I am the Anonymous Superdad, a quiet hero."
Israel Horovitz
'3 Weeks After Paradise', 2001
Etiquetas:
11 Setembro 2001,
3 Weeks After Paradise,
9-11,
Israel Horovitz
10/09/11
Depois do Paraíso

"I lie awake for hours, later, thinking about this loss of Paradise. When I finally fall asleep, I have the dream."
Israel Horovitz
'3 Weeks After Paradise', 2001
Portuguese/European Premiere
Teatro Plástico, Porto 2001
Etiquetas:
11 Setembro 2001,
3 Weeks After Paradise,
9-11,
Israel Horovitz
Subscrever:
Mensagens (Atom)