15/12/10
'In Situ - In Transit'
(os olhos fecham-se, a luz baixa ligeiramente)
'aquela vez no museu ao abrigo do frio e da chuva da rua esgueiraste-te quando ninguém estava a ver pelas salas fora a tremer e a pingar até encontrares um banco de mármore e te sentares para descansar e secar e depois p’ró diabo p’ra longe dali quando foi'
Samuel Beckett, 'That Time'
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'In Situ - In Transit' - cena II,
Samuel Beckett
(Silêncio de três segundos. Abre os olhos. Ligeira subida da luz. Respiração audível. 7 segundos.)
'até que levantavas a cabeça e ali diante dos teus olhos quando se abriam um grande óleo negro de idade e sujidade alguém famoso no seu tempo um homem ou mulher ou mesmo criança famosa talvez um jovem príncipe ou princesa um jovem príncipe ou princesa de sangue negro de velho por trás do vidro onde gradualmente enquanto examinavas tentando perceber gradualmente nem mais aparecia um rosto que te fazia girar sobre a laje para veres quem estava ali ao teu lado'
Samuel Beckett, 'That Time'
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'In Situ - In Transit' - cena II,
Samuel Beckett
25/11/10
'In Situ - In Transit'
Textos: André Gide, André Malraux, Fernando Pessoa, John Banville, Paul Valéry, Samuel Beckett, Theodor Adorno, Walter Benjamin
Direcção Artística: Francisco Alves
Interpretação: Andrea Moisés, Maria Reis Lima, Tiago Barbosa
Ana Ferreira, Ana Rita Pinto, André Marinheiro, Catarina Falcão, Joel Sines, Jorge Coutinho, Juliana Alexandria, Marcos Bastos, Margarida Barata, Paulo Freitas, Roberto Mendes, Vanessa Dinger
Participações especiais: Albuquerque Mendes e João Paulo Costa
Do Moto Clube do Porto: Alfredo Ramalho, António Queirós, Catarina Almeida, Delfina Brochado, Gil Alcoforado, Hélio Lemos, Ilído Neto, Ismael Machado, Jacques Figueiredo, Jorge Alves, Manuel Pacheco, Nuno Trepa Leite, Susana Antunes, Tito Baião
Desenho de Luz: Mário Bessa
Desenho de Som: José Prata
Desenho Gráfico: Tiago Morgado
Fotografia: Inês d’Orey
Vídeo: Tiago Afonso
Assistência de Encenação: Margarida Barata
Produção Executiva: Carolina Losa e Catarina Falcão
Para maiores de 16 anos - Lotações reduzidas
Descontos para estudantes, jovens e grupos +10 pessoas
Inf./Reservas: 223 393 770 - Paula Lobo (10h - 18h)
968 940 982 - Carolina Losa (18h - 21h)
29/10/10
'In Situ - In Transit'
A apresentar em residência artística no Museu Nacional de Soares dos Reis ‘In Situ – In Transit’ é um espectáculo que partindo da especificidade deste local emblemático da cidade do Porto equaciona as questões centrais do trabalho ‘in situ’ articulando-o com a estética desta companhia e a colecção deste Museu dando continuidade a um trabalho experimental e pioneiro no campo ‘site-specific’ que o Teatro Plástico tem vindo a desenvolver.
Construído sobre o confronto entre Museu enquanto espaço estático e símbolo do perene e o Teatro enquanto arte do efémero e símbolo do presente imediato (e da conjugação destes opostos aparentemente contraditórios) este espectáculo transdisciplinar pretende abordar o Teatro como arte total e convocar as suas múltiplas ferramentas para explorar as enormes potencialidades do debate entre passado e presente, memória e realidade, legado artístico e construção de futuro e questionar a função dos museus e do teatro na sociedade contemporânea.
‘In Situ – In Transit’ tem como eixos centrais espaços e obras-chave da colecção do Museu Nacional de Soares dos Reis e pretende traçar um percurso pelo interior e exterior deste Museu que possa, dentro de um contexto de criação contemporânea, confrontar aquelas que são as principais obras e núcleos da colecção tomando-as como ponto de partida para uma reflexão sobre a arte e inspiração na produção de novas obras.
24/10/10
Museu Soares dos Reis
Também eu vi no ângulo obscuro
De um salão a harpa coberta de pó,
Entre móveis e faianças,
Um pó de música inerte,
À espera de sedas roçagantes,
Da graça e do riso das debutantes,
Do deslizar espectral de contradanças,
Um debate sobre Céfalo e Prócris
Ou a audácia da mão mareando
Esfaimada sobre as nádegas
De uma ninfa na Ilha dos Amores –
Que os corpos de todas as debutantes
Neste mesmo salão prometeram ser.
Nuno Morais
‘Últimos Poemas’
05/10/10
Audições
18/09/10
30/07/10
12/01/10
Project L
Project L II is the second part of Teatro Plastico’s current icons cycle, a video installation art work directed by Teatro Plástico's artistic director Francisco Alves and centred on Sophia Loren as a major XX century icon.
This work-in-progress in different parts, to be presented during 2010 in hotels around the world, questions the visual and exhibitionistic nature of contemporary society confronting theatre as an ephemeral live art form with the artificial and repetitive quality of image and presents the 'movie star' as a central metaphor for contemporary narcissistic and autophagic consumer society.
Project L - Lux is part of a global research work on the concepts of space and the new nomadic contemporary societies and highlights the new and central role of the hotel in a moving and increasingly global culture were the important and once rigid concepts of home, residence and national and cultural identity are rapidly changing.
Direction: Francisco Alves | Editing: Tiago Afonso | Design: Tiago Morgado | Photography: Inês d’Orey | Production: Teatro Plástico
04/01/10
20 votos para 2010
- Menos hipocrisia e mais coragem e frontalidade na vida pública. A ditadura do 'politicamente correcto' está a envenenar a sociedade portuguesa e um país incapaz de promover a crítica e o confronto de opiniões é uma sociedade morta e sem futuro.
- Amar mais as boas coisas portuguesas e privilegiar a produção nacional de qualidade. Apesar das aparências Portugal não é só desgraça, falhanço e lixo e, como dizia Pessoa, uma nação que permanentemente se diminui e menoriza acaba por se transformar naquilo em que acredita.
- 1% do orçamento do Estado para a Cultura. (dispensa explicação adicional)
- Suspensão do acordo ortográfico. Um projecto desastroso que nada unifica e apenas empobrece a diversidade da língua e promove a iliteracia ao instituir o caos na já tão deficiente escrita do português.
- Passagem da RTP para a tutela do Ministério da Cultura. Só assim se pode assegurar um verdadeiro serviço público com produção nacional de qualidade e sem telelixo nem apresentadores e músicos pimba e futebol permanente.
- Entrada gratuita em todos os museus públicos para os cidadãos nacionais. (dispensa explicação adicional)
- Atribuição por parte das Câmaras Municipais de espaços devolutos no centro das cidades às estruturas teatrais e artísticas portuguesas sem espaços de trabalho e exibição próprios. Promove-se assim a requalificação social de áreas degradadas e potenciam-se os investimentos públicos à criação.
- Diminuição do nº de deputados para 180. (dispensa explicação adicional)
- Obrigar todos os candidatos a cargos públicos à realização de provas específicas e testes de inteligência. É escandaloso que Portugal continue a ser maioritariamente governado pelos seus mais medíocres representantes e apenas é aceitavel um governo dos melhores.
- Criação de círculos eleitorais uninominais. Só desta forma se pode quebrar a asfixiante e anti-democrática partidocracia Lusitana que continua a perpetuar o mais aviltante caciquismo e a premiar a mediocridade e o carreirismo oficiais.
- Proibir as construtoras civis de financiar os partidos políticos. Só assim se pode estancar o pagamento de favores que está na origem da desastrosa política de betão que continua a devastar a paisagem portuguesa e a endividar o Pais, impondo uma política de obras públicas permanente, corrupta e ruinosa.
- Obrigar as construtoras civis a passarem da construção de raíz para a recuperação e restauro do património edificado. Um país com quase 900 anos de História tem a maioria das suas necessidades de edificios já assegurada e com uma taxa escandalosa de habitação nova por ocupar não é aceitavel continuar a construir desta forma.
- Não construir mais nenhuma ponte sobre o Tejo. A única política inteligente, ecológica e sustentavel é a de fixar as populações e investir esse dinheiro em mais e melhores transportes públicos.
- Impedir a construção da delirante "igreja caravela" no alto do Restelo. Um grotesco mamarracho-mor que ficará a ensombrar para sempre os Jerónimos, que são património da humanidade. (e já agora, como medida preventiva, impedir o "arquitecto" Troufa Real de exercer arquitectura, profissão para a qual notoriamente não demonstra qualquer capacidade estética ou urbanística)
- Preservar os jardins do Palácio de Cristal no Porto e construir mais jardins publicos e espaços verdes nas cidades, arborizando as principais vias de comunicação e lançar uma companha de reflorestação nacional que combata a crescente desertificação de Portugal.
- Cancelar o TVG. Tal como está concebido (com a famigerada bitola Ibérica e linhas em duplicado) este projecto não garante uma ligação directa eficiente à Europa e apenas serve para aumentar a catastrófica dívida pública e servir os interesses do sinistro lobi espanhol.
- Obrigar todas as igrejas a pagar impostos. Uma sociedade constitucionalmente laica e assente na pretensa igualdade perante a lei não pode benificiar nem favorecer nenhuma instituição religiosa.
- Legalizar e regulamentar o consumo de drogas e a prostituição. Como a História nos deveria ter ensinado, nunca nenhum proibicionismo funcionou; todo o cidadão deve ter o direito de dispor da sua vida e saúde como entender e os profissionais do sexo devem ter os mesmos direitos e protecção dos restantes cidadãos e pagar impostos sobre o seu trabalho. Só desta forma se conseguirá estancar a principal fonte da criminalidade contemporânea e eliminar a principal fonte de receitas do crime organizado que têm na ilegalidade das drogas o seu principal sustentáculo.
- Um sistema judicial mais rápido e justo em que pobres e ricos tenham as mesmas possibilidades de defesa. E que o julgamento da Casa Pia (um dos símbolos da sua ineficácia e corrupção) finalmente termine, seja feita justiça às vitimas e que as golpadas legais para viciar e adiar a aplicação da justiça por parte de Carlos Cruz & comp. sirvam de exemplo para corrigir o sistema e impedir repetições.
- Substituir as penas mais leves por serviço comunitário. A incapacidade de regeneração social das prisões é uma evidência flagrante e estas apenas servem como escolas de criminalidade ainda mais violenta e perigosa.
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